O melhor game de super-herói da história? Muito mais do que isso!
Sempre que um herói estrela um game é enorme a nossa expectativa em viver os melhores momentos das HQ´s. E não foram poucas as vezes que nos decepcionamos com tanto potencial jogado fora, ou até mesmo com puro relaxo de produtoras – alguém aí falou em Superman 64? – que raramente dão atenção para os defensores da Terra.
Em Arkham Asylum finalmente “jogamos uma HQ” com uma história madura e muito bem contada, mérito do responsável pela série de sucesso do Morcego nos anos 90 Paul Dini. Ele nos coloca dentro de um asilo em um plano do Coringa, que se deixa capturar para criar um tumulto e uma fuga em massa de pessoas da “melhor” sanidade mental, como o Charada ou o Pinguim. Algo maior está por trás disso, mas daqui pra frente, só você que poderá saber mais jogando.
O visual é encantador: gráficos bacanas, detalhes e efeitos de luz e sombra animais, que demonstram toda a insanidade num local como o Asilo Arkham. Você anda por aqueles corredores, sem saber o que te espera no próximo corredor. Os detalhes demonstram toda a essência desse local doentio e ajudam a te fazer parte do jogo.
Controlar Batman é uma experiência muito agradável, você acha com facilidade a função certa para cada momento do game, como por exemplo, os saltos com botão pressionado, estilo Assassins Creed, ajudam muito. O lado Sam Fisher também cai como uma luva no herói que usa das sombras para surpreender os inimigos... Mas esqueça! Batman não mata ninguém, ele é o herói politicamente correto, lembra?
O modo Detetive explora com maestria um dos melhores talentos de Bruce Wayne: seu faro investigador. Como um CSI, você escaneia pistas e rastros, podendo improvisar as soluções dos mistérios no sanatório.
Todas aquelas bugigangas que adoramos está presente também. E o sistema de upgrade de itens e habilidades realmente funciona e faz diferença no jogo, não são apenas perfumarias. E por falar em perfumarias, os extras também são muito interessantes, como um breve histórico de cada personagem, 240 fitas com áudio e algumas atividades extras - algo como um “VR Mission” com possibilidade de mandar seu resultado num ranking online.
A ação é constante, você não se irrita com as cenas durante o jogo, pois são breves e geralmente te colocam na ação do game, já pronto para atacar ou fazer algo. As lutas simplesmente cinematográficas: focadas no mano a mano, os combos são fáceis de executar, mas não ficam chatos, e geralmente tem alguma finalização especial com aproximação de câmera e tudo mais.
Arkham Asylum impressiona pela sua ótima história, gráficos lindos (e leves para PCs, diga-se de passagem), e pelo fino trato que a Rocksteady Studios lapidou este jogo, em todos os detalhes. Um clássico instantâneo que merece um lugar de destaque em sua prateleira de jogos, pois daqui a muitos anos, ainda estaremos falando muito dele.