Jack Slate e Shadow têm seu passado repensado. Mas ainda estão absurdamente violentos.
Quando você acha que a violência em games atinge seu pico, sempre vem algum título novo para provar que estava errado. Se existe uma coisa que não possui limites, é a imaginação humana. Especialmente a de pessoas envolvidas com entretenimento. Por isso, quando um homem sozinho não consegue causar destruição suficiente, deve-se achar novas formas de fazê-lo. Na franquia Dead to Rights, este instrumento é um cachorro.
Seguindo as aventuras de Jack Slate e seu cão Shadow, Dead to Rights sempre foi - desde o início da série em 2002 – focado nas finalizações brutais por parte dos personagens controlados pelo jogador. Desta vez... não será diferente, a desenvolvedora Volatile Games promete ação ainda mais chocante.
Reiniciando a franquia
Ao contrário de outros títulos lançados anteriormente, Retribution não é uma sequência ou algo do tipo. É simplesmente um game baseado na mesma fórmula, no mesmo universo, mas que traz uma história nova. Enfim, nova para a série, pois nos pareceu um tanto quanto clichê: um policial descobre uma conspiração imensa e deve encontrar quem está por trás de tudo. Original...
Mas não importa. Clichês também significam que a fórmula já foi testada e posta à prova – o que faz com que, se bem aplicada, possa render vários momentos de diversão. No entanto, ainda não existem detalhes suficientes a respeito da história para tirar conclusões, então deixaremos isso mais para frente, quando houver algo de concreto sobre ela.
A maior preocupação da desenvolvedora com este título é realizar de forma adequada um conceito bastante difícil de se aplicar: um sistema de combate que mistura elementos de tiro e ação corpo-a-corpo de forma integrada e fluida. O que isto quer dizer exatamente? Que o objetivo é fazer com que as ações do personagem pareçam naturais quando ele alterna de chutes e socos para tiros de escopeta.
Muitos títulos atuais já aplicam este conceito, em parte. Geralmente o game é um “shooter” que possui algumas finalizações na mão – o que podemos ver em Gears of War, 50 Cent: Blood on the Sand, entre outros. Mas aqui o que se busca é realmente rechear o sistema de combate com elementos corpo-a-corpo.
Isto é feito através de duas características básicas: uma escassez imensa de munição e uma grande variedade de golpes que podem ser utilizados para espalhar cérebros, sangue e entranhas pelo chão. A título de exemplo, existe um em que Jack derruba o oponente, desarmando-o durante a queda, para em seguida colocar a escopeta na boca do pobre coitado e estourar seus miolos. Sutil.
Isto é que é bicho de estimação
No entanto, isso não é tudo. Em alguns casos, Jack estará em maus lençóis e precisará de ajuda. É aí que entra Shadow, seu fiel companheiro. Nestes momentos do jogo, a tela ficará em preto e branco, representando a visão do cachorro. Além disso, haverá um sistema para representar o faro do animal, em que os inimigos serão bastante perceptíveis.
E Shadow parece gostar do estilo de seu dono. Embora seja possível utilizar a furtividade para pegar os oponentes desprevenidos, as finalizações são igualmente brutais. É possível, por exemplo, pular sobre um cidadão para derrubá-lo e em seguida arrancar seu pescoço de forma que não possa alertar ninguém sobre sua má-sorte.
Obviamente, nada disso é representativo do trabalho de um verdadeiro policial. Na verdade, achamos que esta parte da história está aí apenas como estopim para explicar a motivação de Jack para extirpar a cidade dos parasitas que a estão corrompendo. Mas tudo bem, faremos algumas concessões em nome do drama.
O game está previsto para o final do ano, e a julgar pelos screenshots disponibilizados, ainda necessita de polimento. Tempo não falta, resta saber se os desenvolvedores levarão a cabo as promessas de uma jogabilidade excepcional. Ficamos aguardando.
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